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Casos de estupro e furto sobem no 1° semestre em São Paulo

No primeiro semestre deste ano, a maioria dos crimes que envolvem atos violentos contra a vítima –homicídio, latrocínio, roubo– tiveram queda no registro na capital paulista em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.

O número de furtos, em compensação, cresceu 4,5% no mesmo período e ultrapassou a marca de 100 mil ocorrências de janeiro a junho –foram 102,3 mil, ou 23 por hora, em média.

Na avaliação do especialista em segurança eletrônica Ricardo Luiz de Oliveira, gerente da Tecvoz e responsável pelo projeto Vigilância Solidária, o aumento desse crime se relaciona, por sua experiência, com aumento do desemprego e seria praticado, nesse caso, por pessoas sem tanta familiaridade com o crime. “É um crime de oportunidade, não de maior planejamento, como um roubo”, afirmou.

Ele exemplifica: “Uma pessoa que passa distraída com o celular, um carro com a janela aberta e a bolsa exposta são ocasiões que se mostram favoráveis”, afirmou.
Além disso, esse crime costuma ser de menos risco para quem o pratica e, caso seja pego, de menor pena. “Isso influencia também.”

Estupros
As delegacias da capital registraram 12% a mais estupros no primeiro semestre deste ano do que entre janeiro e junho do ano passado. Mas não necessariamente a incidência desse crime aumentou.

Especialistas em segurança estimam que apenas 10% dos casos de violência sexual cometidos cheguem aos registros policiais. Nos últimos meses, campanhas, especialmente para incentivar o registro de assédio no transporte público –que em algumas situações é registrado como estupro–, têm incentivado as vítimas a procurarem mais a polícia.